O mundo do tênis masculino tem seu rei, um príncipe muito perto de assumir a majestade e uma figura com potencial incrível para reinar, mas que insiste em ser o bobo da corte. E melhor nem sempre significa ser o maior.
A capacidade técnica de Novak Djokovic é inegável. Ainda que o estilo de jogo mágico e elegante de Federer seja para alguns mais atraente, a força, velocidade e alcance de Djokovic são admiráveis. O sérvio não entrega com tanta frequência jogadas incríveis, mas está sempre lá para devolver saques com frieza e eficiência imbatíveis na história do tênis – a final de Wimbledon 2019 prova isso.
Em confrontos diretos de Djokovic com seus dois maiores concorrentes a maior tenista de todos os tempos, o sérvio leva vantagem tanto contra Roger Federer quanto Rafael Nadal. Sucesso que não se repete entre os fãs e profissionais do esporte. Há quem diga que a resistência por Djokovic é porque ele se destacou no circuito quando os outros dois já possuiam uma base de fãs bastante fiel e passou a representar um risco para a dominância da dupla “Fedal”.
A verdade é que a imagem construída por Novak Djokovic não colabora, enquanto Nadal e Federer possuem imagens irretocáveis.
De acordo com a Revista Forbes, Federer foi o atleta mais bem pago do último ano, mesmo sem vencer
um Major desde janeiro de 2018. A principal razão disso é que o suíço é o atleta que mais recebe
dinheiro de patrocinadores e o motivo é simples: as marcas querem se associar a alguém como Roger
Federer. E em tempos de pandemia, o que a imagem de um atleta de alto nível e relevância representa
vai além de patrocínio ou endossamento de marcas: é social.
De acordo com a Revista Forbes, Federer foi o atleta mais bem pago do último ano, mesmo sem vencer
um Major desde janeiro de 2018. A principal razão disso é que o suíço é o atleta que mais recebe
dinheiro de patrocinadores e o motivo é simples: as marcas querem se associar a alguém como Roger
Federer. E em tempos de pandemia, o que a imagem de um atleta de alto nível e relevância representa
vai além de patrocínio ou endossamento de marcas: é social.
Desde o início da pandemia Djokovic se mostrou negacionista, ameaçou não disputar torneios caso a vacina contra a Covid-19 se tornasse obrigatória e criticou severamente a organização do US Open pelas medidas a serem adotadas para que o torneio seja realizado no fim de agosto, como de costume. Enquanto que Nadal indicou que não participará do Grand Slam por achar muito precoce e não se sentir seguro em viajar para os EUA, Djokovic disse que poderá não ir por achar as medidas de segurança, como não poder ficar passeando por Nova York, extremamente restritivas.
Ao realizar o Adria Tour, torneio de exibição sem qualquer relevância ou protocolo de segurança, o sérvio mandou uma mensagem clara, de quem não está nem aí para os riscos da pandemia. O pior, atraiu uma enorme quantidade de pessoas para eventos (além das partidas do torneio ocorreram eventos paralelos como jogos de futebol e festas em boates), sem qualquer protocolo de segurança. Pessoas que podem não ter o mesmo acesso a testes e tratamentos que atletas de alto nível. A irresponsabilidade e negacionismo do sérvio não foram prejudiciais apenas para a sua imagem, mas para a saúde de milhares de pessoas que olham para ele com admiração.
Depois, vemos Djokovic se lamentar por não ter a mesma admiração que seus rivais. Vemos seu pai atacar Roger Federer para tentar dar mais brilho ao filho. A verdade é que, se ele continuar agindo de forma egoísta e distante da realidade da maioria, os fãs do esporte ainda vão gostar mais de Federer cuidando dos filhos e fazendo Ski do que de Novak ganhando seu 25º Grand Slam.
Texto escrito por Nayara de Stefani