Não é de hoje que atle­tas e pro­fis­si­o­nais do espor­te são alvos — ou cau­sa­do­res — de polê­mi­cas nas redes soci­ais não é mes­mo? Tal­vez pelo pou­co conhe­ci­men­to sobre o mun­do digi­tal ou pelo fato de não faze­rem a ges­tão de ima­gem e con­teú­do em redes soci­ais. A bola da vez é Dele Alli, joga­dor pro­fis­si­o­nal de 24 anos do Tot­te­nham, clu­be inglês, e des­ta vez não foi por con­ta de sua come­mo­ra­ção de gol.

Em feve­rei­ro des­te ano, Dele Alli fez uma brin­ca­dei­ra em seu per­fil no Snap­chat: no aero­por­to, o joga­dor apon­tou a câme­ra do celu­lar para um homem asiá­ti­co e fez uma “pia­da” insi­nu­an­do que ele pode­ria ser um por­ta­dor da COVID-19.

Na épo­ca a brin­ca­dei­ra teve uma cer­ta reper­cus­são e o pró­prio joga­dor reco­nhe­ceu o erro, apa­gan­do o post e pedin­do des­cul­pas. Porém, nes­te dia 11 de junho, a Fede­ra­ção Ingle­sa (FA) ofi­ci­a­li­zou a puni­ção ao atle­ta com um jogo de sus­pen­são da Pre­mi­er Lea­gue, uma mul­ta equi­va­len­te ao valor de R$ 315 mil e um cur­so de edu­ca­ção; ao que Dele Alli nova­men­te se des­cul­pou — “que­ria pedir des­cul­pas nova­men­te por qual­quer ofen­sa que meu com­por­ta­men­to pos­sa ter cau­sa­do. Foi uma pia­da mui­to ruim sobre um vírus que, ago­ra, nos afe­tou mais do que pode­ría­mos ima­gi­nar.”

Não impor­ta se é da base ou pro­fis­si­o­nal, se é diri­gen­te ou cama­rei­ro, a rea­li­da­de é que a mai­o­ria não enten­de o quan­to as redes soci­ais podem impac­tar posi­ti­va ou nega­ti­va­men­te nas suas ima­gens e tam­bém na ima­gem das ins­ti­tui­ções onde atu­am. As vezes atin­gem até mes­mo a famí­lia.

Esse conhe­ci­men­to ou no míni­mo o “cui­da­do” com as redes soci­ais por par­te des­tes pro­fis­si­o­nais e atle­tas deve­ria estar pre­sen­te de for­ma mais ati­va e com apoio — ou cobran­ça- de todos envol­vi­dos! Empre­sá­ri­os, asses­so­res, clu­bes, ins­ti­tui­ções. Todos pre­ci­sam estar aten­tos a esta ques­tão de ima­gem de seus pro­fis­si­o­nais e atle­tas e não ape­nas na ques­tão de ima­gem e mar­ke­ting, mas prin­ci­pal­men­te na ques­tão de enten­der que todos são for­ma­do­res de opi­nião, são mui­tas vezes ído­los, vozes que pos­su­em um eco mui­to mais for­te na soci­e­da­de.

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